Semana de Arrecadação do Lixo Eletrônico recebe descarte de equipamentos
Os aparelhos eletrônicos fazem cada vez mais parte do nosso cotidiano, mas com o avanço da tecnologia, grande parte destes equipamentos se tornam substituíveis em pouco tempo, levantando a questão: o que fazer com o lixo eletrônico? Professores e estudantes da Faculdade de Computação (Facom) se unem na tentativa de auxiliar a população no descarte correto dos materiais eletrônicos com a 4ª Semana de Arrecadação de Lixo Eletrônico, entre os dias 15 e 19 de abril, das 7h às 21h, na Cidade Universitária.
Durante toda a semana, as comunidades interna e externa estão convidadas a levarem até a Facom seus resíduos eletrônicos, sejam eles funcionais ou não. Entre os materiais que podem ser levados estão: celulares, smartphones, notebooks, tablets e desktop; monitores; impressoras, projetores e outros equipamentos de imagem; telefones fixos, modens, roteadores, teclados, mouses e acessórios de informática; câmeras, gravadores, calculadoras, controles remoto, carregadores e outros portáteis; aparelhos de CD, DVD, Bluetooth; materiais elétricos, como câmeras de segurança e interfones; fones de ouvido, caixas de som e outros aparelhos de reprodução de música; balanças; lanternas; e eletrodomésticos, como fogões, cooktops, geladeiras, entre outros.
A lista é extensa e a população pode, inclusive, aproveitar os equipamentos que estiverem no local ou até mesmo parte deles. Entre as exceções estão os televisores de tubo e lâmpadas, que não serão aceitos durante a semana. A coordenadora do projeto e professora da Facom, Luciana Montera, explica que a ação ainda envolve cerca de 12 estudantes, dos quatro cursos de graduação oferecidos pela Facom, que atuam como voluntários.
“Queremos proporcionar um espaço para que a destinação do eletrônico, que não está mais em uso, aconteça. Pontuamos que não só eletrônicos estragados e queimados sejam trazidos, mas também aqueles que você não usa, que está em boas condições, que pode atender ainda outras pessoas. Que sejam entregues e identificados como equipamentos que ainda funcionam, para que outras pessoas que, porventura, estiverem passando ou participando da feira, possam reutilizar esses itens. Além disso, também queremos trazer o pensamento sustentável. Além do descarte correto, precisamos trabalhar a questão da reciclagem, do rever, repensar, remanufaturar e reutilizar”, explica.
O diretor de Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Chaves, aponta que a Semana de Arredação de Lixo Eletrônico é um evento de forte impacto e relevância nas comunidades interna e externa. “Estamos muito satisfeitos em ver como essa iniciativa está se tornando uma referência e se consolidando na universidade. A crescente participação dos nossos estudantes, professores, funcionários e da população, demonstra o reconhecimento da importância de descartar corretamente o lixo eletrônico, evitando danos ambientais e promovendo a sustentabilidade”.
A Semana de Arrecadação do Lixo Eletrônico foi um dos projetos certificados pelo elo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, com o prêmio do Selo ODS Educação 2023. A UFMS foi uma das 13 instituições federais de ensino que receberam a certificação concedida pelo Programa Estratégico UnB 2030, o Instituto Selo Social e o GT Agenda 2030.
Conscientização e desenvolvimento sustentável
Segundo a pesquisa The Global E-Waste Monitor 2024 (Monitor Global de Lixo Eletrônico 2024, em tradução livre), do Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa, a geração de resíduos eletrônicos aumenta cinco vezes mais rápido do que a reciclagem documentada do material. O Brasil é o segundo país do continente que mais produz lixo eletrônico. O cuidado com o chamado e-lixo busca romper com a negligência de grandes economias geradoras dos dejetos, que contaminam seriamente o meio ambiente e representam riscos à natureza e à saúde humana. No Brasil, a preocupação com o lixo eletrônico é oficializada em 2010, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305), que define a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, além dos consumidores, para a destinação adequada dos produtos após o consumo.
“A ação contribui diretamente para a conscientização sobre a necessidade de adotarmos práticas mais responsáveis em relação ao descarte de resíduos eletrônicos, impulsionando o desenvolvimento sustentável em nossa instituição e na sociedade como um todo”, reforça o diretor.